Tumores benignos e malignos

As lesões das pálpebras, benignas ou malignas, são comuns, e o seu diagnóstico requer uma observação minuciosa por um especialista em Oncologia Palpebral. 

 

Que tipo de lesões posso ter nas pálpebras?  

A maioria das lesões das pálpebras são benignas, incluindo lesões inflamatórias como chalázios, nevus, lesões quísticas, etc. Algumas  contudo apresentam características suspeitas, e deverão ser analisadas por um especialista. Mesmo que malignas, o tratamento precoce permite uma elevada taxa de cura definitiva.

 

Quais os sintomas de uma lesão maligna? Quando me devo preocupar?

Uma lesão maligna da pálpebra desenvolve-se de forma relativamente rápida ou de forma gradual (meses/anos), consoante a sua etiologia. O seu aparecimento associa-se a uma alteração da estrutura normal da pálpebra, podendo ser notada perda de pestanas na região suspeita e, nalguns casos, ulceração e sangramento local. Como não produzem sintomas como dor, não é raro que o seu aparecimento seja desvalorizado até atingir uma dimensão significativa. Se não tratadas atempadamente, estas lesões podem causar uma destruição marcada dos tecidos locais, colocar em risco o globo ocular e, nalguns tipos de tumores, propagar-se para outras zonas do corpo (metástases) colocando em risco a própria vida do paciente.

 

Como são tratadas as lesões das pálpebras?

Inicialmente é importante verificar se a lesão apresenta características suspeitas de malignidade. Lesões inflamatórias frequentemente são resolvidas com recurso a uma pomada de corticoide e antibiótico e aplicação local de água morna. Na ausência de resposta poderá ser equacionada a sua excisão. Outras lesões benignas poderão ser removidas se incomodativas ou para exclusão definitiva de malignidade.

Lesões aparentemente malignas devem ser submetidas a uma biópsia, que consoante o caso pode ser incisional (é retirada uma pequena porção de tecido para análise e confirmação do diagnóstico) ou excisional, na qual a lesão é retirada na totalidade com um intuito curativo. Em lesões mais extensas e/ou com limites menos definidos é preferível optar por métodos que permitam confirmar a presença de margens livres antes da reconstrução.

Várias técnicas permitem corrigir os defeitos resultantes da excisão de tumores palpebrais e periorbitarios com excelentes resultados funcionais e estéticos. A abordagem específica depende da dimensão e localização da lesão. Embora a cirurgia seja preferencialmente a primeira opção para a remoção completa das lesões malignas, nalguns casos mais avançados pode ser necessário recorrer a outros tratamentos como radioterapia, terapias alvo ou imunoterapia.

 

Como é habitualmente a recuperação após a cirurgia para excisão de lesões da pálpebra?

O tempo de recuperação é variável, sendo aconselhável uma organização das atividades profissionais e sociais durante 1 a várias semanas, consoante a extensão da cirurgia e técnica de reconstrução selecionada. Existem alguns cuidados pré e pós operatórios que deverão ser cumpridos para uma recuperação mais rápida e um menor risco de complicações.

Após a excisão de um tumor maligno é importante assegurar um acompanhamento periódico para a deteção precoce de eventuais recidivas.