Ptose palpebral em crianças

Qual a causa da queda da pálpebra numa criança?

Mais frequentemente numa criança a ptose é congénita, ou seja, é notada logo desde o nascimento, e decorre de uma alteração do desenvolvimento do músculo levantador da pálpebra superior.

 

Como posso saber se uma criança tem ptose? 

É visível a assimetria na altura das pálpebras ou ambas estão descaídas. Nalguns casos a criança levanta de forma exagerada as sobrancelhas ou inclina a cabeça para trás para tentar compensar a oclusão parcial ou total da pupila (e do eixo visual).

 

Como se pode tratar a ptose numa criança?

Tal como em adultos o tratamento da ptose requer uma intervenção cirúrgica. Contudo em crianças essa decisão depende de vários fatores que são sempre analisados com os pais.

Casos mais leves sem risco para o desenvolvimento da visão podem ser vigiados numa fase inicial, sendo o procedimento realizado já em idade escolar se a queda da(s) pálpebra(s) interferir na auto-estima e relacionamento da criança com as outras pessoas. Se a ptose for grave com potencial compromisso visual a cirurgia estará indicada.

A técnica selecionada depende do grau de ptose e da força do músculo levantador da pálpebra superior. Poderá ser feito o avanço do próprio músculo através de uma incisão na pele se a sua função estiver preservada, ou, se isso não acontecer, poderá estar indicada a realização de uma suspensão ao músculo da região frontal, que passa a controlar a elevação da pálpebra superior.

O timing ideal e tipo de procedimento são sempre decididos de forma individualizada.

 

Como é habitualmente a recuperação após a cirurgia de ptose em crianças?

Em idades mais jovens a cirurgia é feita sob anestesia geral, e os cuidadores deverão organizar-se para um período de recuperação de 1 a 2 semanas, durante o qual a criança deverá ser acompanhada de forma mais próxima.