Reabilitação de Cavidades Anoftálmicas/Próteses

Após procedimentos como a evisceração, enucleação ou exenteração é importante assegurar uma vigilância regular do espaço ocupado outrora pelo globo ocular, bem como da nova prótese externa. Durante o acompanhamento é importante excluir complicações como a exposição do implante esférico colocado durante a evisceração ou enucleação, a contração progressiva da cavidade com redução do espaço disponível para colocação da prótese, a queda da pálpebra superior (ptose), e a eversão ou inversão da pálpebra inferior (ectrópio ou entrópio, respetivamente).

Para manter uma boa adaptação da prótese é importante manter alguns cuidados, nomeadamente a hidratação regular com colírios lubrificantes e uma higiene adequada da cavidade e da prótese externa.

 

Posso melhorar o aspeto das pálpebras e volume da cavidade mesmo já usando prótese?

Sim, sem dúvida. A reabilitação de uma cavidade que já alberga uma prótese externa depende das alterações existentes. Poderá ser necessária a reposição de volume através de um implante esférico, ou utilizando a gordura do próprio doente, quer aplicada como enxerto único quer injetada localmente de forma minimamente invasiva. Existem também técnicas cirúrgicas específicas que permitem corrigir alterações das pálpebras como a ptose (queda da pálpebra superior), ou as alterações da posição da pálpebra inferior (eversão ou inversão). A indicação do(s) procedimento(s) é feita caso a caso, e a recuperação pode ser de 1 a 2 semanas, consoante o tipo de cirurgia.